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Santa Cecília: um bairro encantador da cidade de São Paulo

por Lello Imóveis

Desde o início do século XX, Santa Cecília foi tratada como a vizinha humilde de Higienópolis. A construção do Minhocão e outros problemas relacionados com a proximidade do centro reforçavam a percepção negativa sobre o bairro. A deterioração era visivelmente provocada pela falta de políticas públicas que valorizassem o lugar, que conta com hospitais, faculdades e áreas comerciais ativas. 

Mas a Santa Cecília tem muito a oferecer para seus moradores. Conheça mais sobre este bairro encantador que vem ganhando destaque na cidade.

Novos moradores impulsionam o bairro

Com boa estrutura de transporte – são duas estações de metrô – e as facilidades de morar perto de áreas em valorização, como Vila Buarque e Barra Funda, a Santa Cecília conseguiu ganhar um novo fôlego, se tornando uma alternativa para os novos moradores na cidade. 

Parte dessa nova imagem pode ser atribuída à figura dos ceciliers, ou dos cecibus, apelido da leva de jovens profissionais que começaram a viver na área depois da virada do século. Os apelidos vêm da junção da contração do nome do bairro, Santa Cecília, com a vizinha Vila Buarque, que passa pelo mesmo processo.

Os ceciliers surgiram a partir de uma brincadeira, após a revista Veja São Paulo colocar na sua capa os farialimers, jovens que fazem sucesso no mercado financeiro, centrado em torno da avenida Faria Lima, no Jardins.  Economicamente mais modestos, os ceciliers trabalham em atividades relacionadas à cultura, artes e comunicação. E se tornaram um contraponto à face mais tradicional de Higienópolis.

Um estilo próprio de Santa Cecília

Este morador do bairro é a personificação do estilo jeitão mais descolado e alternativo do paulistano de classe média. O estilo vem bem a calhar com algumas edificações antigas da região, incluindo a valorização de prédios baixos e mais antigos, com pé direito alto, varandas, pisos de taco nos quartos e salas, e chão revestido de pastilhas pequenas nos banheiros e cozinha. 

Muitas vezes eles encontram a sorte de habitar prédios projetados por arquitetos reconhecidos, como os modernistas Gregori Warchavchik, Alberto Botti, Rino Levi e o eclético Artacho Jurado. Nem sempre há o privilégio de morar nas obras mais icônicas deles, mas há muito charme.

A casa destes personagens urbanos inclui também muitas plantas, sejam samambaias ou suculentas, que exigem menos cuidado, e uma vitrola, preferencialmente com música brasileira rodando no vinil. A bicicleta, pendurada na sala, faz as vezes de meio de transporte e decoração. Nas conversas, viagens, feminismo, masculinidades, relacionamentos não monogâmicos, alimentos orgânicos e questões sociais. É como se fossem os filhos ou netos mais atentos e estudiosos de hippies.

A (nova) vida no bairro

Mas, com todas essas predileções, a vida deste morador quase imaginário se passa pelas ruas e avenidas do bairro. Um cenário é justamente o Parque Minhocão, onde podem andar de bicicleta, passear com o cachorro, assistir apresentações diversas ou simplesmente tomar um sol e conversar com amigos. Para comprar plantas, entre outras opções, a Santa Cecília conta com o Garden Center, na Rua Jaguaribe, e a J&F Plantas, na Rua Brigadeiro Galvão.

A garimpagem de discos pode ser em sebos ou locais especializados no centro, como a Galeria do Rock ou a Nova Barão, mas também em opções no bairro, como a Secilians, na Praça Olavo Bilac. As livrarias – de rua, é claro – também fazem parte desta versão alternativa do bairro. 

A Ponta de Lança fica na Aureliano Coutinho e é apresentada como um lugar de encontro de pessoas e livros. A Pulsa, na Rua Fortunato, é dedicada principalmente ao público LGBTQIAPN+. Já na vizinha Vila Buarque, na Rua Amaral Gurgel, está a Gato Sem Rabo, especializada em mulheres.

Outra opção para a compra de livros e objetos de arte é a Banca Tatuí, na rua Barão de Tatuí. O espaço, criado pela editora Lote 42, reúne o trabalho de mais de 200 editoras, coletivos e artistas independentes, segundo seus sócios. 

Outra banca atrai os amantes de arte alternativa na Vila Buarque, a Banca Curva, na Praça Rotary. Lá perto, na rua Amaral Gurgel, está a Loja/Estúdio Gengibrão. Para pôsteres, camisetas e outros materiais similares de artes gráficas, as dicas são a El Cabriton, na Fortunato, e a Riso Tropical, na Sebastião Pereira.

Bares e restaurantes na região

As opções incluem obviamente bares e restaurantes, afinal, são as praias dos paulistanos. As opções são variadas, ainda mais se levarmos em conta endereços nos vizinhos Vila Buarque e Campos Elíseos. E, como o cecilier é versátil, as opções vão de botecos de rua, a bares de vinho e cervejas artesanais, cafés especiais, sorvetes e doces especiais. Tem para todos os gostos e vale misturar os sabores.

Na Alameda Ribeiro da Silva, está o Casa de Ramon, inspirado nos paladares cubanos, e o peruano Doña Bertha. Na Alameda Cleveland, o Rincon La Llajta. Destaque ainda para o português O Mirandês, na Rua Canuto do Val, e o Koya 88, na Jesuíno Pascoal. 

Para quem quer comida regional brasileira, há muitas opções também: os baianos Sotero, na Barão de Tatuí, Rota do Acarajé, na Martim Francisco, e Tabuleiro do Acarajé, na Jesuíno Pascoal. Para quem prefere restaurantes mais tradicionais, a feijoada do Star City, na Rua Frederico Abranches, também merece atenção. 

Para cafés e doces, as sugestões são a padaria norueguesa Bakeri Nord, escondida na Rua Vitorino Carmilo, a loja de chás, cafés e livros Yerba + Por Um Punhado de Dólares, na Rua Pirineus, e o Takko Café, na Major Sertório, o Zud Café, na Barão de Tatuí, e o literário Macabéa Café, na Jesuíno Pascoal. Se a ideia é um sorvete, a sugestão é a Froid, também na Jesuíno.

Quando o assunto é cerveja artesanal, algumas opções são o Cerveja a Granel, na Barão de Tatuí, a Cervejaria Central, na Jesuíno Pascoal, e a Cervejaria Dogma, na Fortunato. E, se a pedida é um vinho, o cecilier pode seguir para o Elevado Bar, na Jesuíno Pascoal, ou o Beverino Vinhos Naturais, na General Jardim. Caso prefira um boteco chique, há opções como o Bagaceira, na Rua Jesuíno Pascoal, e o Moela Bar, na Canuto do Val. Há ainda opções de drinks, como Bao Bar e o Bêrga, ambos na Rua Doutor Cesário Mota Junior, e o Kaia Bar e Cozinha, na Rua Marquês de Itu.

Boêmia na Santa Cecília

Para quem quer manter a animação noite adentro, o Cabaret da Cecília, na Rua Fortunato, o Boteco Pratododia, na Rua Barra Funda, e o quilombo urbano Aparelha Luzia, na Rua Apa, são opções destacadas e alternativas.

Já quem quer uma cerveja em um boteco de rua, é melhor se deslocar para a última quadra da Doutor Cesário Mota Júnior, para a primeira quadra da Avenida Angélica, ou mesmo para o Largo Santa Cecília, onde o samba rola com a Comunidade da Santa e a Escola de Samba Filhos da Santa. 

O largo, aliás, é o marco da fundação do bairro, que leva o nome da santa. Segundo Levino Ponciano, em “Os Bairros Paulistanos de A a Z”, os moradores da região pediram a autorização para a construção de uma igreja de madeira no local em 1860. Em 1884, foi substituída por uma de alvenaria que, em 1901, deu lugar à igreja atual. O público ignora, mas ali estão obras de pintores importantes da cidade no início do século passado, Benedito Calixto e Oscar Pereira da Silva.

Gostou do estilo do bairro? Conheça imóveis disponíveis na região e desfrute de um bairro encantador.

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