Embora o ser humano seja, historicamente, um ser social, habituado a práticas coletivas de convivência, com o passar do tempo essa realidade foi sofrendo transformações.
Com a gradual e crescente urbanização dos espaços, decorrente do desenvolvimento econômico e social das civilizações, a construção de habitações próprias, rodeadas de muros, foi prevalecendo. Como consequência, reduziu-se a proximidade entre os indivíduos e aumentou-se a cultura do individualismo.
De uns tempos para cá, porém, a cultura do compartilhamento voltou a ganhar força, com o crescimento de iniciativas relacionadas à cultura colaborativa, à praticidade e à redução de custos.
É neste sentido que tem ganhado popularidade o conceito de coliving, a moradia compartilhada.
Mas em que consiste o coliving? De onde surgiu essa tendência? Como esse modelo de moradia funciona? Entenda mais a seguir.
O que é coliving?
De uma forma geral, coliving pode ser entendido como um conceito de moradia compartilhada entre pessoas que procuram senso de comunidade, economia e estilo de vida sustentável.
Trata-se de uma tendência urbana com origens na Dinamarca, onde foi construído o primeiro edifício baseado nesse conceito, em 1972. O local abrigou 35 famílias, que tinham as suas moradias privadas e compartilhavam os espaços de convivência e as atividades em comunidade.
O sucesso da iniciativa fez com que países como Estados e Canadá, além de alguns da Europa, passassem a reproduzir espaços com essa finalidade.
Coliving, portanto, é um espaço de moradia compartilhada por diferentes pessoas, que dividem tarefas e custos em conjunto, criando laços e valorizando a sustentabilidade.
Como funciona?
Quem mora em coliving procura viver em um ambiente comunitário de forma colaborativa, em que uns ajudam os outros.
No coliving, cada inquilino habita o seu quarto próprio, compartilhando somente os demais cômodos de uma moradia. Ou seja, espaços comuns como cozinhas, lavanderias, sala de jantar e escritórios, assim como os custos e as tarefas diárias de uma casa serão compartilhados entre os habitantes dessa moradia.
O objetivo é que a habitação funcione dentro de uma perspectiva de economia colaborativa, em que todos procuram viver de uma maneira consciente e econômica, reduzindo desperdícios a partir do compartilhamento social.
Economia
Uma das principais vantagens do coliving é a economia de recursos proporcionada. Com os custos divididos entre os moradores, é possível economizar consideravelmente despesas relacionadas à água, luz e energia.
Quem opta pelo coliving também se afasta dos problemas envolvidos com a superlotação dos centros urbanos, bem como com os altos valores cobrados pelo mercado imobiliário, no que se refere à compra ou aluguel de imóveis.
Estilo de vida
O coliving é ainda uma alternativa que se adapta à nova realidade e aos estilos de vida contemporâneos. Em que pessoas que moram sozinhas e que têm um trabalho flexível procuram ter um cotidiano mais cômodo e prático.
Esse modelo de moradia é, portanto, ideal para quem busca um estilo de vida mais econômico, estando aberto à troca de experiências e vivência em comunidade.
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