Preço errado do imóvel, abaixo do valor de mercado, e a demora no fechamento do negócio são fatores que podem atrapalhar os proprietários que decidem vender suas casas ou apartamentos por conta própria.
O alerta é da Lello, administradora e imobiliária paulistana, que possui filiais na capital paulista, Grande ABC e litoral do Estado de São Paulo.
Questões jurídicas e a ausência de um trabalho direcionado e especializado de divulgação do imóvel também podem prejudicar a negociação.
Do mesmo modo, a falta de análises documental e de crédito do comprador aumentam o risco. Sem um corpo jurídico que analise do começo ao fim todas as questões para o crédito do comprador, o proprietário pode acabar assinando um contrato que depois não vai receber por ele.
“A análise dos documentos precisa ser feita de forma minuciosa e com muita cautela por equipe especializada, para que o proprietário tenha a garantia, e nem sempre quem está vendendo ou intermediando informalmente a venda tem conhecimento específico para realizar a avaliação.
Além disso, outro ponto importante são as constantes mudanças nas regras de financiamento imobiliário junto a instituições financeiras, que precisam de acompanhamento de profissional capacitado ou credenciado. São garantias que a pessoa que deseja vender o imóvel precisa ter para fazer um bom negócio e não sair no prejuízo”, diz Igor Freire, diretor de vendas da Lello Imóveis.
Procurar os serviços de uma imobiliária é fundamental para quem deseja vender com segurança, por meio de corretores e especialistas que irão realizar desde a avaliação e precificação correta do imóvel, busca de potenciais interessados, divulgação adequada e toda a assessoria necessária para análise documental dos compradores.
O diretor da Lello ressalta que, em questão de segurança, quem vende por conta própria não tem o controle de quem entra e quem sai do imóvel, principalmente quando ele ainda está ocupado e mobiliado.
A falta de estrutura para a divulgação desse imóvel também pode prejudicar e acabar acarretando na demora da venda ou até mesmo na falta de oportunidades. “As imobiliárias estão equipadas com sites, aplicativos e meios de comunicação para divulgar os imóveis, o que dá visibilidade para quem quer vender, abrindo um leque de oportunidades de negócios”, diz Freire.
O especialista alerta para que os moradores de condomínios, ao colocar seus apartamentos à venda, não deixem esta informação apenas com o zelador ou porteiros, pois isso pode levar à precificação errada do imóvel e atravancar o processo de negociação com os interessados em comprar que acionam as imobiliárias, pois, nesses casos, as empresas não ficam sabendo que há unidades para vender e, consequentemente, não podem repassar esta informação aos seus clientes.
Ele diz, ainda, que também o comprador precisa ficar atento com imóveis ofertados diretamente por terceiros não habilitados junto ao Creci (conselho de corretores), com preços supostamente atrativos, pois o papel na imobiliária na intermediação é dar segurança no negócio jurídico na sua totalidade com análise de documentos dos proprietários , antecessores, eventual empresa em que o proprietário é ou foi participante e outras iniciativas imprescindíveis que possam evitar problemas com a aquisição.