Tipo de moradia é ideal para universitários que procuram uma opção prática e econômica para estudarem longe de casa
É comum a criação de repúblicas estudantis, principalmente, em cidades com grandes polos universitários. Este tipo de moradia, que consiste em uma casa ou apartamento compartilhado apenas por estudantes, é uma opção prática e econômica para o momento em que é preciso se concentrar na vida acadêmica sem se comprometer com um gasto alto, afinal, muitos estudantes não contam com uma renda fixa ou um trabalho regular.
Segundo levantamento feito pela Lello Imobiliária, o aluguel de imóveis para os acadêmicos costuma movimentar o mercado imobiliário todo início de ano. Só na capital paulista, o volume de novos contratos aumentou 30% entre janeiro e março de 2018, devido à procura de jovens que vêm estudar.
O período da graduação costuma ser demorado e estressante. São pelo menos quatro anos convivendo e morando com as mesmas pessoas, por isso, é primordial tomar alguns cuidados na hora de escolher onde e com quem morar, evitando assim dor de cabeça e gastos excessivos. Confira algumas dicas de como montar uma república estudantil.
Como funciona uma república
Em primeiro lugar, é importante que o interessado saiba que cada república tem regras específicas, mas idealmente, cada morador tem suas responsabilidades. Geralmente, quem organiza esses espaços estabelece junto com os universitários e futuros moradores regras de limpeza, dividindo as tarefas domésticas e estipulando normas de convivência, definindo se visitas são aceitas, horas e dias para realizar festas ou até mesmo horário da programação da TV. Também é importante falar sobre a preparação das refeições e também se aquele local vai ser destinado só a mulheres, homens ou se será misto. “Tendo tudo isso em vista, é muito importante conhecer a casa antes de tomar a decisão de mudar”, explica Roseli Hernandes.
Etapas
Existem muitas repúblicas já estabelecidas, mas às vezes elas podem não agradar ou não comportar o número de colegas, por exemplo, que deseja se juntar para viver em um imóvel. Neste caso, resta a escolha de montar uma moradia estudantil do zero. Para isso, acompanhe os quatro principais passos a serem seguidos:
- Definir a quantidade de moradores
O organizador da pensão estudantil deve ter em mente quantos estudantes podem participar e se a residência será restrita somente a um certo grupo ou se vai disponibilizar para locação as vagas restantes.
- Local
Uma das maiores vantagens de se morar em uma república é a economia e a praticidade, por isso, um dos pontos que devem ser priorizados é a localização do empreendimento, que deve ser próximo a universidade ou possuir fácil acesso a ela.
“Geralmente as repúblicas ficam em uma boa localização, em lugares seguros, com comércios ao redor, próximos das universidades e bons para se morar”, comenta a diretora comercial da Lello Imobiliária.
- Tipo
Além do local, definir o tipo de propriedade também é indispensável. Se vai ser casa ou apartamento, qual será o tamanho do imóvel, quantos metros quadrados (m²), número de dormitórios, banheiros, se necessita ter áreas de lazer, como piscinas e quintal são os itens que devem ser considerados.
- Condições contratuais
Com a propriedade escolhida, chega o momento de definir as condições contratuais, como valor do aluguel, fiadores, entre outros pontos. É necessário estabelecer quem serão os participantes do Contrato de Locação como locatário e fiadores (ou outro tipo de garantia). Segundo Roseli Hernandes, em geral os próprios estudantes viram os locatários e os pais os fiadores. Com o acordo finalizado, basta fazer a vistoria da moradia e assinar os documentos.
Legalidade
Roseli esclarece ainda que é permitida por lei a criação de uma república estudantil, desde que feita dentro dos conformes. “É perfeitamente legal. Se precisar alugar um imóvel para esta finalidade, o proprietário deverá autorizar este ramo e também a sublocação para outros. Estas condições devem ser estipuladas no Contrato de Locação, bem como qualquer outra regra que esteja acordada sobre o aluguel do bem. Pode inclusive incluir outros serviços.”
Outro exemplo
Uma república também pode ser formada por investidores que exploram este ramo de atividade, e não propriamente pelos estudantes. Um exemplo que tem se tornado uma nova tendência no compartilhamento de moradia é o Coliving, que agrupa as pessoas por afinidade, faixa etária ou pelo interesse na região escolhida. O compartilhamento também pode ser da unidade residencial ou contar com unidades privativas, mas infraestrutura condominial com diversas áreas compartilhadas, como academia, espaço gourmet, brinquedoteca, coworking e até sala de TV.
Fonte: https://imoveis.estadao.com.br/noticias/como-montar-uma-republica-estudantil-para-alugar/